Democracia? Aham Claudia, senta lá.


Democracia. È engraçada essa palavra. Ela define o sonho de todo pensador libertário. Uma sociedade livre que de maneira igual, escolhe e toma decisões para o bem de todos.
O Brasil diz ter um sistema democrático. Mas vamos analisar isso um pouco: Alguém (com mais de 18 e menos de 65) teve a opção de não votar no dia 3? Não, porque na democracia brasileira somos obrigados a votar. Parte daí o maior exemplo do paradoxo chamado “democracia no Brasil”. É como você tivesse duas opções: “tem frango e frango, vai querer o que?”
Eu sei das conseqüências negativas que o voto não obrigatório traria. A classe que mais se absteria do direito ao voto seria a classe pobre, pois é a que mais sofre e por não ter instrução, acredita que não pode mudar nada com seu voto. E isso acentuaria ainda mais a diferença social no Brasil. É claro que as pessoas que votam “inconscientes” não são apenas as mais pobres e com menor nível de escolaridade, exemplo disso é que a classe rica quase sempre é partidária  do PSDB (quer exemplo de inconsciência maior?). Mas sinceramente, prefiro um número pequeno, porém conscientes, de pessoas indo votar, do que uma multidão onde a maioria vai fazer merda.
Numa democracia também, a escolha que prevalece é a da maioria. É isso o que acontece no Brasil? Não. Pelo menos não completamente.
Se para a Câmara existem 22 vagas para dep. Federais, a lógica é que os 22 mais votados são eleitos. Ilusão nossa. A democracia brasileira não permite isso, e ainda tem a cara de pau de dizer que o voto é direto. A legislação criou o Coeficiente Eleitoral. Um deputado precisa de um numero X de votos, de acordo com seu partido, depois de alcançado os votos vão para o partido. O lance é que na verdade os votos não são dos deputados, são dos partidos, hoje alias são das legendas e das coligações.  Enfim, não entendo bem como isso funciona, poucas pessoas entendem na verdade. Mas os partidos entendem bem, e sabem usar isso de maneira maquiavélica. Isso nos leva a outro paradoxo: Que relatividade de ‘voto direto’ é essa?
O triste fato é que nem sempre o candidato mais bem votado é eleito. Foi o que aconteceu com os candidatos a deputados que votem, mesmo sendo bem votados, ficaram de fora por causa do democrático Coeficiente Eleitoral.
É foda, você acredita na política, tem esperanças mesmos vendo o que acontece, faz escolhas, procurando fazer as melhores, mas no final, o sistema democrático não permite que a democracia vença.
E não foram apenas os candidatos a deputados que votei que não ganharam. Nenhum outro candidato que levou meu voto foi eleito, quer dizer, um foi, a minha segunda opção para o senado. Nos outros cargos: nada. Mas honestamente não to triste por isso. To tranqüilo. Faria as mesmas opções novamente. Sei que os candidatos que escolhi não são perfeitos, mas acreditava nas minhas escolhas, e continuo acreditando.
O segundo turno vem ai, e é momento de escolhermos um lado. Não é hora de arregar e se esconder atrás do ‘nulo’ ou do ‘branco’. Ficar em cima do muro, dizer que tanto faz ou dar uma de João Sem-Braço ode levar a pior opção ao poder. Eu não quero isso, por isso agora é #dilma13.
Não pela candidata, que não me convenceu no 1º turno e por isso não levou meu voto, mas entre PSDB e PT no comando, fico com o PT.
            As eleições foram boas. Ver Tasso Jereissati se aposentando foi incrível. Ver Inês Arruda e Zé Gerardo Jr fora também foi massa. Alem de ver que nomes como Regininha Duarte, Adriely Fatal, Deborah Soft, Mãe da Prefeita (e outros fora do Ceara, como, Mulher Pêra, Netinho de Paula, Collor) também não foram aceitos pela população, mostrou que o povo é inteligente. Mas 1.533.841 pessoas mostram que são realmente burras e elegeram o Tiririca. Lamentável. Mas,,, fazer o que.

Um comentário:

  1. ótimo post... Pois é, dos candidatos que votei nenhum foi eleito tbm. Trágico :(
    Que país esse?

    P.S.: Se tu comentar no meu blog te dou um xero!
    rsrsrsrsrrs

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