29 de Agosto

"29 de agosto de 1958 foi um dia de festa e alegria na rua Lino Conde, nº 39, em Mombaça, no interior do estado.

Naquele dia nascia Antonia Lucia, filha do durão Zé Caroula e da forte e doce Rosália. Lucia chegou para completar a já grande família Oliveira da Silva, chegou para ser a terceira filha, e fortalecer o número de 12 irmãos. Foi a caçula da família até os 16 anos.

Deixou de ser a caçula ao mesmo tempo que adquiriu mais responsabilidades, já que foi com essa idade também que começou a trabalhar como secretaria no gabinete do prefeito da cidade. Aos 18 anos, iniciou a carreira de professora. Profissão essa que seguiu até sua aposentadoria.

E ensinar é o que melhor sabe fazer (depois do mousse de limão e do bolo de milho claro), ensinar é seu dom, e sorte teve em descobrí-lo logo cedo.

Mulher forte. Não por escolha que começou a trabalhar ainda tão nova, fez isso para ajudar a família, que além de grande era necessitada. Dificil foi conciliar o trabalho e o estudo ainda na adolescência. Mais dificil ainda foi conciliar trabalho, casa, marido, filhos e faculdade anos amais tarde. Mas conseguiu. E deu o orgulho a toda família e principalmennte aos pais de terem o 1º filho com diploma de ensino superior. 

Sempre soube e sempre me ensinou a importância dos estudos. Bem como soube me passar grandes, importantes e esquecidos valores.
Exemplo de mulher, exemplo de esposa, de mãe, exemplo de filha, de irmã, exemplo de ser humano. 

Não é perfeita, mas é o meu espenho.
A mulher mais importante da minha vida, a única pessoa que com palavras e ações é capaz de me fazer chorar. Uma das pouquíssimas pessoas que me ouviu dizer "eu te amo". A pessoa que mais me ouviu dizer "eu te amo".

A única presente sempre em meus pensamentos a cada escolha e decisão que tomo. A única pessoa que eu procuro nunca magoar e nem decepcionar. A única que tem o meu perdão independente do erro, como sei que tenho seu perdão da mesma maneira. 
Os mais acolhedores braços, os mais pacientes ouvidos, os mais fortes ombros.

A diferença de entendimento, pensamentos e mentalidade existem, o que é normal ao meu ver. Mas nosso amor mútuo-incondicional é maior do que qualquer coisa.

#TEAMOMÃE

É Nóis no Frontstage

Você ouve o cantor ou a banda que você gosta, em casa, no rádio, no som, no MP3, no PC... ou em qualquer outro lugar. Mas ouvir e ver ele tocando ao vivo é completamente diferente e com certeza melhor. Cantando junto, ou mesmo só curtindo, porque você não sabe cantar aquela musica, mas só de estar acompanhado dos amigos, ou apenas daquela companhia agradável, e sentindo a vibração da galera, pulando, sorrindo, gritando, às vezes soltando aquele comentário idiota, e em alguns momentos enlouquecendo... isso é sensacional.


O 1º show que assistimos a gente nunca esquece. Quer dizer... esquece sim, eu não me lembro do 1º show que vi. Lembro que foi no Ceará Music 2006, na época eu tinha 15 anos, e depois de alguns shows não muito empolgantes, subiu ao palco o Capital Inicial (oficialmente o 1º que curtir); na mesma noite curtir ainda O Rappa, Nando Reis e Pitty, outros shows que foram incríveis. Muito massa.


Depois dessa primeira experiência, tive oportunidade de ver muitos outros shows. Fui apresentado a boas bandas e que ainda não conhecia e vi shows que queria muito curtir.


Mas tem algumas bandas que infelizmente não pude ver as performances ao vivo. E mais infelizmente ainda, algum desses shows nunca vou poder ver.


O top 5 dos shows que eu mais queria ter curtido é:


- Mamonas Assassinas

- Os Raimundos

- Planet Hemp

- Los Hermanos

- Legião Urbana


(obs.: essa ordem é aleatória)


Esse ano, daqui a alguns dias, eu vou ter a chance de curtir Los Hermanos.Uma banda que sempre gostei, mas nunca tive oportunidade de ver. Alias, até tive, mas O Rappa e Pitty foram priorizados. Enfim... o que importa é que finalmente vai rolar. E nessa mesma oportunidade, vou assistir Black Eyed Peas, não curto muito a banda, mas, sem duvida nenhum vai ser um show muito massa. Além de ser o primeiro show internacional que vou ver. Hehehe. Tá bom tá bom, 2º. O 1º foi Xutos e Pontapés, mas vai ser o primeiro de renome pelo menos. Além desses 2 shows, ainda vou ver outros tão bons e tão esperados quanto esses. E o melhor, de camarote VIP (mas é melhor nem tocar nesse asunto, porque só de lembrar do preço do ingresso, bate uma dor no bolso, que vai ficar latejando por algum tempim ainda). Mas é isso aí, é nóis no frontstage.

Ctrl C + Ctrl V

Existem pessoas que, como falei em posts passados, conseguem se expressar clara e inteligentemente acerca de qualquer assunto. Como falei também, sou fã dessas pessoas. Algumas delas, ao meu julgar, são os grandes pensadores dos tempos modernos. Um nome desses “Sócrates da era high tech” é Falcão.


Eu sei, ele é muito brega sim, mas talvez isso é o que diferencia sua linha de pensamento; e ele ainda é um dos pouco, quem sabe o único, que traduz o pensamento e o sentimento do nordestino, em especial do cearense, com precisão e destreza.


Pois é, essa semana eu tava lendo o blog desse gênio. E enquanto lia, eu refletia, pensava, ria e assistia a um programa que falava sobre descriminação. Foi então que comecei a ler um texto que tratava do mesmo assunto, descriminação.


A descriminação da qual falava o texto era em relação aos nordestinos, e o tema que gerou o triste debate foram as enchentes que ocorreram recentemente em Alagoas e em Pernambuco.


Não vou me estender mais. Abaixo segue o texto completo de autoria do Falcão, que expressou, melhor do que eu seria capaz, toda indignação e revolta que senti sobre o assunto.



"JABULANIS E FULEIRAGENS


Depois de um mês de vuvuzelas, jabulanis, maradonagens, dunguices, polvo vidente, e outras fuleiragens; e já com a cabeça e o coração agoniados de tanto ouvir falar em Eliza, e Mércia, e Bruno, e Macarrão, e Bispo, e Coxinha, e Bola, e cachorros comendo gente, e corpos boiando na lagoa; quando eu pensava que as coisas iam voltar à mesma velha pisada lheguelhé de antes, eis que me chega o Jornal do Commércio, de Recife, com a manchete: "Usuários do Orkut discriminam vítimas das enchentes no Nordeste". É que um grupo de brancos-loiros-olhos azuis, todos gente fina e educada do sul-sudeste do Brasil, num momento de ócio e reflexão, resolveu criar, no tal saite Orkut, uma comunidade sutilmente denominada "Eu odeio Nordestino", onde num fórum intitulado "Enchentes no nordeste", uma usuária de nome Julia Schemman, foi logo descarregando: "Acho que os cabeçudos vão vir em massa para SP, to muito preocupada com isso" (sic), no que foi corroborada por um tal de Thiago Luiz, que escreveu: "Eles vão falar que perderam tudo na terra deles e vão procurar alguma beira de córrego em SP para construir barraco ou virar mendigos no centro da cidade" (sic, também). Respirei fundo e continuei lendo, até quando o diário pernambucano arrematou a história me informando que ainda teve um elemento de alcunha Thomas Rebel, que vomitou: "Seria bom se todos eles morressem na enchente, afinal nordestino é um animal q não sabe nadar" (sic, de novo).

Dá pra ter paciência com uma idiotice dessa qualidade? Dá pra acreditar que só é satânico quem tortura, mata e desossa a amante? Dá pra dizer que só está errado quem convoca e escala Felipe Melo, pra seleção brasileira?

Pelas cinco chagas de Mané Valentino, quem souber me responda: Que diabos é que se passa na cabeça desse povo? Será que eles ainda acreditam naquele velho bodejado nazista, que a cor da pele, ou o lugar onde nasceram os torna melhores?"


*Você só é melhor do que eu, se for melhor do que você.*


Fiquei revoltado e indignado e até com um pouco de pena ao pensar que por mais moderno que seja o nosso mundo, ainda existem pessoas com inteligência de um Neanderthal e com uma mentalidade hitleriana, e se julgam melhores ou superiores por causa de sua cor, sua conta bancaria, o lugar onde mora, seu sotaque ou qualquer outra coisa. RIDÍCULO.

Músicas Para Meus Ouvidos

A música faz parte da nossa vida. Ela nos rodeia em nosso dia-a-dia. Para cada etapa ou momento que vivemos, existe uma trilha sonora. Muitas vezes ate inconsciente, apenas ouvimos uma música e logo nos recordamos de algo que aconteceu conosco. Algo bom ou não. É sempre bom ouvir música, faz bem a alma, nos traz bons sentimentos, mexe com a gente, nos faz cantar junto, batucar, cantarolar, gritar, dançar, refletir...

Gostar de música é algo inerente ao ser humano. Estudos e pesquisas já comprovaram que ainda no ventre materno, somos capazes de responder a estímulos sonoros e ainda quando bebês ao ouvirmos uma música nos remexemos sem saber por que nem pra que, apenas acompanhamos a batida com um sorriso no rosto. O que ratifica a tese de que a música é comum a qualquer ser humano e propria nossa.

Nossa educação, nosso ciclo de amizades, e outras coisas vão ao longo de nossa vida moldando nosso gosto musical. Vamos fazendo nossas descobertas, descobrindo ritmos, cantores, melodias, estilos que mais nos agrada. Algumas pessoas se tornam restritas e outras já são mais abrangentes e outras sinceramente deveriam repensar seus gostos musicais (sem preconceito algum).

Sexta-Feira 13


Ontem foi Sexta-Feira 13. Um dia místico, uma dia diferente, um dia que algumas pessoas costumam temer, ter receio. É um dia de azar, de má sorte. É um dia que coisas estranhas acontecem...

Por exemplo:

Tive um sonho ruim. Não chegou a ser um pesadelo, mas foi muito desagradável, e me fez acordar de madrugada, o que não acontecia a muitos anos.

[Sexta-Feira 13 #1]


Acordei atrasado. Novidade nisso? Nenhuma, mas foi a primeira vez desde que comecei a trabalhar que acordei depois das 7h10min.

[Sexta-Feira 13 #2]


No trabalho um funcionário ao se levantar da cadeira enganchou o pé na perna da cadeira, se desequilibrou, se enrolou com o fio do telefone e caiu. Quase tacou a cara na mesa. Muito feia a queda!

[Sexta-Feira 13 #3]


Na hora do almoço fui direto para a sala de repouso, peguei o controle remoto da TV e liguei a televisão. Quer dizer, tentei ligar, porque a TV não ligava de jeito nenhum, insisti mais duas vezes mas nada da TV dar sinal de vida. Então deitei no sofá, logo depois entra outro funcionário, pega o controle e liga a televisão.

[Sexta-Feira 13 #4]


Meu chefe contou uma historia dele, que numa sexta-feira 13 de agosto, há alguns anos atrás, após sair do trabalho em sua moto novinha (apenas 1 semana que havia comprado) sofreu um acidente que deixou a moto inutilizada pra sempre e ele também inutilizado por algumas semanas.

[Sexta-Feira 13 #5]


Ainda no trabalho a porta da minha sala abriu sozinha. Do nada. [Sexta-Feira 13 #6]


Na faculdade, o professor que é conhecido por nunca faltar e nunca se atrasar, simplesmente não aparece pra dar a aula.

[Sexta-Feira 13 #7]


Pois é... coisas estranhas acontecem numa sexta-feira 13.

Mas... será mesmo?


Desmistificando a Sexta-Feira 13:


[Sexta-Feira 13 #1]>>> Quem nunca teve um sonho ruim? Isso é a coisa mais comum que existe, não tem nada de estranho ou anormal.


[Sexta-Feira 13 #2]>>> Eu acordei atrasado não por culpa da sexta-feira 13, mas culpa minha. Fui dormir tarde, e esqueci de colocar o celular pra me despertar.


[Sexta-Feira 13 #3]>>> Ele não caiu por causa da sexta-feira 13, apenas é lesado mesmo. Cair, tropeçar, escorregar acontece com qualquer um. Em qualquer dia.


[Sexta-Feira 13 #4]>>> A televisão havia sido desligada no controle remoto e depois desligaram novamente no botão da TV mesmo. O cara que ligou a televisão apertou primeiro o botão e depois ligou a TV com o controle remoto. Eu tava tentando só no controle.


[Sexta-Feira 13 #5]>>> Meu chefe caiu da moto dele novinha porque depois que saiu do trabalho passou em um barzinho e tomou umas cachaças como ele mesmo me falou.


[Sexta-Feira 13 #6] >>> Na parede da minha sala tem uma estrutura de uma ponte rolante industrial, quando ela está em uso e passa ao lado da sala, causa uma vibração nas paredes.


[Sexta-Feira 13 #7] >>> Até os professores mais disciplinados e disciplinadores também ficam doentes.


Viu?! Não existe nada demais na sexta-feira 13. As pessoas só decidiram contar estatísticas de coisas ruins que acontecem nesse dia. Se contassem em qualquer outro dia, a quarta-feira 29 por exemplo, iam perceber que acontecem coisas estranhas e sinistras também, como todo dia acontece.

As pessoas arrumam sempre uma desculpa para suas frustrações, e para qualquer coisa ruim que aconteçam com elas. Esse tipo de superstição é meio bobo.

A culpa de não ter tido um bom dia não é porque você não colocou o pé direito primeiro no chão quando acordei. Seu time perdeu não foi porque você não usou a camisa dele um dia antes do jogo.


Não sou fã, nem usuário de amuletos ou talismã. Posso até ter superstições sim. Mas não me apego a elas dessa maneira, muito menos deixo meu ‘futuro’ ou alguma ‘decisão’ na mão delas.


Temos que fazer as coisas acontecerem, correr atrás, lutar para conseguir... e não simplesmente esperar que uma medalhinha de Nossa Senhora Desatadora dos Nós resolva.



Você pode até usar aquela cueca da sorte e rezar um Credo antes de fazer uma entrevista de emprego, mas se você se preparar para a entrevista vai ter muito mais chances de conseguir se dar bem.


É até válido acreditar em uma força invisível, mas faz toda diferença essa força ser do BEM. Eu acredito sim em uma força invisível, eu acredito em Deus.

Coração de Estudante

Minha prima conta que no meu primeiro dia de aula ela se frustrou. Ela foi quem me levou à escola, e como “tradição”, as crianças choravam para não ficar na escola. Aquela coisa que tudo mundo conhece. Bem, ela já estava com o discurso na ponta da língua pra me convencer a ficar na escola. Mas pra surpresa geral, quando cheguei ao colégio, sai correndo e nem dei um abraço de despedida nela.

Num sei o que isso quer dizer. Se eu gostava de estudar, ou de bagunçar e brincar. (que é o que crianças de 3 anos fazem na escola.)


Outra historia interessante do meu tempo de educação infantil, foi quando na alfabetização levei um estilete pra escola, e, durante a aula fui fazer a ponta do lápis me sentindo o tal, já que todo mundo fazia a ponta com apontador; alguns coleguinhas vieram pedir pra eu fazer a ponta também, e, fui dá uma de ‘zé graça’ e tentei dá um susto em uma colega. Consegui dá o susto, porque quase arranco o polegar da menina fora. No final da aula fiquei trancado no banheiro com medo do pai da garota até 1hr da tarde. Triste.

No final desse mesmo ano, fui obrigado a dançar Chiquititas (Mexe mexe mexe com as mãos...) na minha festa dos Doutores do ABC; e quando fui com minha mãe pegar minha transferência, o diretor insistindo pra eu continuar no colégio, falou: “Rodrigo, eu dou um bolsa pra você continuar estudando aqui.” Eu respondi: “não, a que eu quero é muito cara. Eu quero uma de carrinho!” Uma coisa que foi frustrante durante toda minha vida colegial: Nunca tive uma mochila de carrinho e minha lancheira nunca foi de nenhum desenho animado. Leva a merenda numa vasilha da tupperware enrolada em uma toalhinha.


Tenho essas e outras memórias com muito carinho e muita alegria. Naquela época era muito gostoso estudar, era leve, tudo era divertido. Quem nunca brincou de “quem termina de copiar primeiro?!” ?

E toda novidade fazia você se sentir mais adulto e mais crescido. Como quando na 4 ª serie, Estudos Sociais passa a se chamar Historia e Geografia; e na 5ª serie então, que você passa a ter um professor pra cada disciplina.

No ensino fundamental as mudanças vão ocorrendo; principalmente com você. Você começa a identificar as matérias que mais lhe agrada. Descobre que quando você apronta alguma não vai simplesmente um recadinho pra sua mãe na agenda. Vai perdendo o interesse em ficar correndo durante o recreio. Começa a ter as primeiras paquerinhas. Vê que professor pode ser uma pessoa mais chato do que você imaginava. Descobre que ir ao cinema no lugar de estudar é mais divertido. . Perde o medo (e em alguns casos, até o respeito) pelos professores.


No ensino médio o bagulho já fica mais tenso. Estudar deixa de ser divertido ( o que não quer dizer que ir à aula não é divertido) e passa a ser sinônimo de responsabilidade. Começa o papo de vestibular, de carreira, de profissão. As matérias começam a ficar mais difíceis, mais complicado.

No meu terceiro ano, ano D, joguei tudo pro alto e disse: “vou estudar em casa! Escola esse ano vai ser só pra me divertir.” E não teve um ano que me diverti tanto. E faltei tanto. (Afinal foi ano de olimpíadas e eurocopa. rsrsrs). A paciência com os professores parecia ter acabado.

Ano de pré- universitário é um ano decisivo. E isso me deu um certo medo. Escolher o que você vai querer para seu futuro é muito complicado, essa idéia de pra sempre não me agrada. Num momento de muitas dúvidas sobre o futuro fora da escola, eu e meus amigos montamos uma banda pra garantir nosso futuro. Era a N.D.A, que seguia a linha: “música triste para alegrar o povo!”. E nessa brincadeira, lá se foram algumas aulas de biologia... que me fizeram falta nas provas de vestibular.


O engraçado é que o sonho de todo estudante (um bom estudante que se preze pelo menos) é parar de estudar. Comigo sempre foi assim. Quando era moleque (educação infantil), meu pai tinha um bar, e trabalha ate de madrugada; então quando eu me levantava pra ir à escola ele ainda tava dormindo. Quando via ele deitado em sono profundo, pensava comigo: “Tudo bem, eu vou pra escola, vou estudar, que quando eu crescer vou puder dormir ate tarde.” Depois você passa a contar os anos pra terminar o colégio. Ate que no ensino médio você descobre que vai ter que estudar mais 4 anos (sendo otimista). No 3º ano eu pensava, que se eu passasse no vestibular as coisas iriam mudar. Eu ia estudar quando quisesse, ia pra aula quando quisesse, ia estudar menos. Ia ter menos pressão. Ia ser só curtição, estilo American Pie. Doce ilusão a minha.


Lá em casa quando o assunto era nota, a conversa era séria. Minha mãe, que era professora, pegava duro no meu pé. Só o 10 era bom pra ela, se eu tirava um 9,5 por exemplo, ela dizia: “Legal! Mas esse 0,5 que faltou foi porque você preferiu jogar futebol na semana de prova.” Ela nunca tava satisfeita, mas isso teve suas vantagens

Por isso no colégio eu fui um aluno exemplar. Talvez quando se fala em comportamento não sou o melhor exemplo a ser citado, mas se tratando de nota, nisso eu era um exemplo a ser seguido.

Tinha uma facilidade para aprender. Bastava alguns minutos de atenção durante a aula e estudar na véspera. Pronto, isso já garantia meu 9 ou meu 10.


Na faculdade as coisas mudaram.

Eu descobri que sou burro quando entrei para a faculdade. Não tenho mais facilidade para tirar boas notas. Ralo muito pra ficar com um 7 ou com um 8. E muitas vezes meus esforços são inúteis.

Na faculdade as coisas mudam muito. Não existe mais professor e coordenação grudado no seu pé mandando você estudar. Você é bem livre para fazer “o que quiser”. Se vai ou não assistir aula, se vai estudar... enfim. Mas fica claro logo de cara que essa liberdade tem conseqüências, e que ela não demora a aparecer. Por exemplo: é sempre bom ter cautela com os professores, porque eles podem lhe ferrar legal.


Quando você se torna estudante universitário as coisas de estudante ganham outra proporção. As amizades, as paquerinhas, as conversas, tudo tem outro sentido, outro nível.

Um nível eu diria ‘semi-molecagem adulta’. De jovens que se alternam entre a diversão e besteiras próprias da faixa etária e a responsabilidade de profissionais em formação.

Ou seja... mais alegria e mais historias pra contar. Para o estudante universitário por exemplo, não existem mais os estereótipos do nerd, descolado, esquisito, maluco, patricinha. Todos se juntam na mesma mesa da biblioteca para estudar para aquela prova difícil assim como sentam na mesma mesa do barzinho ou da lanchonete.


Vida de estudante é isso. É essa alternância. É passar o feriando estudando ou fazendo um trabalho. É faltar aula pra ir a uma festa. É ficar de saco cheio, ter impaciência. É entregar uma prova em branco. É repetir o mesmo exercício 300 vezes ate encontrar a resposta correta. É desistir na 1ª tentativa. É segurar a prova até o ultimo minuto. É algo indecifrável. É alguns momentos de tristeza. É ter arrependimento por não ter estudado mais. É ter arrependimento por ter perdido tempo estudando. E é muitos momentos de alegria.


Sou estudante há 16 anos, nunca passei mais de 3 meses sem estudar. E por mais que bata aquele cansaço e a vontade de dar um tempo. Ser estudante é bom demais. E se Deus quiser ainda vou ter muitos anos como estudante. Ainda vou terminar a facul, quem sabe fazer um segundo curso e uma especialização talvez.

Então, um VIVA ao Dia Nacional do Estudante.!